Para ser bem objetivo, música! Parece óbvio demais para ser verdade, mas é isso mesmo. Esse estranhamento com uma resposta assim deve-se ao fato de que na Cultura Ocidental estamos por demais habituados a estabelecer uma representação das coisas e não, manter um relacionamento direto com elas. Desse modo, quando inquirido a respeito do que alguma coisa é, parece sempre um absurdo alguém responder, por exemplo, que música é música ou que linguagem é linguagem. Frases como estas logo são taxadas de tautológicas e como tal, desqualificadas como definições que não levam a nada. Na verdade, a estrutura matemática da lógica proposicional requer que façamos, queiramos ou não, um exercício de representação, estabelecendo equivalências ou não entre os seus termos. No entanto, certas definições tais como a da arte (aí se inclui a música), da vida, do ser, etc., de certa maneira sempre soam incompletas em virtude de transcenderem completamente essa estrutura matemática da proposição.
Discussões disciplinares em música articuladas com a poética e a filosofia, mas também com a linguagem, mito etc.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
O que propriamente percebemos quando ouvimos música?
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Um comentário:
Prof. Werner,
Excelente iniciativa !
Creio que a música é uma forma de expressão tão autônoma quanto a linguagem. Mas ao representar uma via da vida subjetiva (seja do autor ou do público), ela não busca se apoiar nos outros discursos periféricos?
Um abraço !
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